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Cerca de 500 pessoas acompanham encontro com candidatos a governador em Lajeado

21/07/2010
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Em busca do voto consciente e atentos a todos os detalhes das propostas de governo, cerca de 500 pessoas participaram do Encontro com os Candidatos a Governador. Tarso Genro (PT), Yeda Crusius (PSDB) e José Fogaça (PMDB) foram os convidados presentes. O evento lotou as dependências do auditório do prédio 7 da Univates, em Lajeado, nesta terça-feira à noite (20/07). O grande público confirmou para a entidade organizadora do evento, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços Vale do Taquari (CIC-VT) a importância da iniciativa no processo democrático das eleições de 2010. “Demonstramos que somos uma região organizada. Nos aproximamos dos candidatos para saber o que eles pretendem e apresentamos a eles as nossas reivindicações. Criamos uma pauta que lá na frente poderemos cobrar”, destacou o presidente da CIC-VT, Oreno Ardêmio Heineck. Satisfeito com o resultado, o dirigente afirma que o encontro encoraja a entidade para prosseguir com outras ações com candidatos a deputado estadual e federal. A CIC-VT valoriza sua condição suprapartidária. O objetivo principal do encontro foi levar aos empresários do Vale do Taquari a oportunidade de reflexão sobre os projetos de desenvolvimento regional e estadual dos candidatos ao Governo do Estado.

A platéia, formada por lideranças das ACI’s, empresários, profissionais liberais, prefeitos e representantes das Administrações Públicas dos 36 municípios do Vale, acompanhou primeiro a explanação de Tarso Genro (ordem definida em sorteio). Ele, assim, como os demais, respondeu perguntas relacionais a seis grandes temas, introduzidos por um rodízio dos componentes da mesa. Além de Heineck, a tarefa foi dividida pelo vice-presidente regional da Federasul, Paulo Hoppe, e pelo presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Paulo Kohlrausch. O evento teve o apoio de Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat); Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat); Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) e Univates, além das vice-presidências regionais da Fiergs e Federasul.

Tarso Genro

O ex-ministro da Justiça fez várias referências a projetos de nível federal que podem ser implantados no Estado. Na questão do saneamento, afirmou que existem recursos do PAC 1 e PAC 2 para investimentos em áreas como coleta e tratamento de esgoto. Também utilizou o modelo de policiamento comunitário, aplicado em estados como o Rio de Janeiro, para minimizar os problemas de segurança pública. “Armamentos e veículos não vão resolver. São indispensáveis, mas não a solução”, completou. Ao falar de educação, Tarso Genro disse que existe uma rede de apoio formada – universidades comunitárias, federais e Uergs. “Se essa rede estiver unida ela pode transformar a realidade de ensino do RS”. Tarso elogiou a Univates, lembrando seu envolvimento no ProUni e a qualidade do ensino. Quanto à saúde, entende que a regionalização das emergências e urgências é a alternativa para a ambulancioterapia. Ele também defendeu mais investimentos nos Programas de Saúde da Família (PSF). “Não adianta o RS se fechar e entender que consegue resolver sozinho seus problemas”, frisou.

No que diz respeito à gestão e tamanho do Estado, Tarso Genro garantiu o não aumento da carga tributária e mencionou a possibilidade de readequações para alguns setores. O último item do bloco dedicado ao candidato do PT buscou saber o seu comprometimento com demandas do Vale do Taquari – infraestrutura, turismo e sistemas de produção. Tarso não apresentou propostas específicas para os pontos regionais. Falou em desenvolvimento estadual e no fortalecimento da matriz produtiva do RS. Citou a retomada do Simples Gaúcho para a revitalização das micro e pequenas empresas e a instituição de um seguro cambial para esse mesmo porte de empresas, a fim de que possam se prevenir dos desequilíbrios cambiais.

Yeda Crusius

A candidata à reeleição destacou que suas ações e propostas são baseadas no “mundo real”. Em diversos momentos relatou as parcerias com os governos municipais e federal. Yeda Crusius lembrou o grave quadro das finanças no começo de seu mandato, o que impediu num primeiro momento de executar ações, mas sim fazer planejamento, em áreas como o saneamento básico. Também salientou a criação de um fundo para mudanças climáticas e a confiança de entidades internacionais para a obtenção de recursos. Quanto à segurança pública, listou obras e reformas e presídios, falou do modelo ideal de complexo prisional de Canoas e dos salários dos servidores. “Já avançamos bastante, mas sabemos que precisamos fazer muito mais, mas isso depende de mais gestão financeira e política”.

Para Yeda, houve avanço na educação. Contudo, reconheceu que, como mostram os resultados do último Enem, é preciso fazer mais. “Estamos no caminho certo, buscando as melhorias nos indicadores regionais”, afirmou. Na pasta da saúde, a governadora salientou o pagamento das dívidas e os contratos com mais de 300 hospitais com recursos para prevenção. Yeda ainda justificou a redução de 17% dos leitos em hospitais da região em sete anos. Segundo ela, isso é reflexo das vagas que antes eram destinadas para o tratamento da drogadição, e que agora foram assumidos pelos centros especializados de atendimento (CAPS).

Ao comentar gestão e tamanho do Estado, Yeda Crusius fez referência à importância dos Coredes. Destacou que o seu governo preza pelo orçamento regionalizado, cumprindo a ideia de que as comunidades possam planejar o seu futuro. No item desenvolvimento do Vale do Taquari, a candidata disse que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil é também uma grande oportunidade para o RS, em várias áreas. Fez menção específica a um dos pontos citados pelo mediador – a estrutura rodo-hidro-ferroviária junto ao Porto de Estrela. Lembrou do idealizador do projeto, ex-presidente Ernesto Geisel, e referiu-se a ele como um grande centro logístico.

José Fogaça

As ações bem sucedidas como prefeito de Porto Alegre foram utilizadas por José Fogaça para embasar seu plano de governo estadual. O candidato almeja transferir para o RS o modelo implantado na capital gaúcha para o tratamento de esgoto. Verba de R$ 530 milhões foi obtida para que, até 2011, a metrópole trate 80% do esgoto produzido, recuperando a balneabilidade do Rio Guaíba. Na segurança pública, Fogaça entende que a maior urgência é a abertura de vagas nos presídios. “O déficit de vagas tem sido a causa do aumento da criminalidade”, afirmou.

Fogaça quer ampliar para o Ensino Médio as conquistas da universalização no Ensino Fundamental. “Precisamos garantir que a escolaridade média cresça, expandindo ela dos 15 aos 18 anos de idade”. Na sua visão, essa é uma das premissas para a melhoria da oferta de mão de obra para o mercado de trabalho. Para a saúde, o candidato defende a ampliação da rede básica com garantia de atendimento resolutivo, no qual o paciente encontre médico, exame e medicamento.

O assunto gestão e tamanho do Estado foi respondido com base nos prêmios de reconhecimento ao trabalho na prefeitura de Porto Alegre. As ações são baseadas no PGQP e, além de priorizar a ampla integração das secretarias, persegue o controle dos gastos e o equilíbrio da receita, revertendo a economia obtida em serviços para o contribuinte. Ao concluir sua explanação, no item desenvolvimento regional, Fogaça garantiu que nenhuma obra iniciada pelo governo atual não será concluída. Ele entende que a cultura do “preferencialismo” entre regiões pode mudar com a criação de uma agenda regional de desenvolvimento, baseada nos Coredes. O candidato fez menção ao programa local de melhoria da bacia leiteira, dizendo que a sanidade oficial do rebanho é fundamental. Reforçou a ideia de tratar-se de algo essencial para aumentar as exportações de produtos lácteos e que esta iniciativa da região precisa ser ampliada e contar com o apoio de uma “vontade” do Estado.

Texto e foto: Simone Rockenbach

Fonte: Assessoria de imprensa CIC VT

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