Lajeado – A Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro) apresentou hoje (quarta-feira, dia 14) seu relatório de atividades referentes ao ano de 2009. A assembleia anual da entidade foi acompanhada por integrantes da diretoria e por representantes da comunidade, de órgãos de segurança e do Ministério Público.
Os investimentos baseiam-se em um planejamento estratégico produzido em 2008 com objetivo de qualificar o atendimento da segurança pública na cidade, atuando, inclusive, em projetos de prevenção a longo prazo.
As receitas utilizadas pela Alsepro são oriundas de investimentos da administração municipal, do Banco SIM, do pagamento de penas alternativas e doações de pessoas físicas e jurídicas. Os valores a serem investidos em cada órgão ou entidade são definidos nos encontros mensais da diretoria. “Fazemos muito com pouco dinheiro, e nos precavemos para situações críticas”, observa o vice-presidente da entidade, Valmor Scapini.
Um dos grandes trunfos da Alsepro é a análise criteriosa de cada investimento a ser feito, além da participação de diversos representantes da sociedade civil. “Percebemos que a maioria dos Consepros pelo Estado têm apenas um ou dois integrantes, e nossas assembléias têm grande participação da comunidade. Isso demonstra que estamos numa situação privilegiada”, analisa o presidente Ito Lanius. “É extremamente importante a comunidade estar ciente do que fazemos com o dinheiro arrecadado. Mostra a transparência com que trabalhamos.”
A Alsepro movimenta cerca de R$ 17 mil por mês entre pagamento de estagiários e outros investimentos. O relatório está à disposição no escritório da Alsepro – junto à Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) – e também será entregue ao Poder Judiciário, órgãos e entidades.
A Alsepro ainda planeja para as próximas semanas a realização de um encontro para avaliação e análise crítica dos índices de criminalidade. O encontro terá a participação de diversos órgãos de segurança pública.
Observações
“Para nós da segurança é fundamental termos este suporte, este parceiro, para discutir investimentos na área. A Alsepro é a voz da comunidade”, define a delegada Márcia Scherer, titular da Delegacia de Trânsito e Posto da Mulher. O promotor de Justiça Sérgio Diefenbach, por sua vez, informa que o Ministério Público acompanha com atenção o trabalho desenvolvido pela entidade e atua no sentido de propor o direcionamento das penas alternativas determinadas pela Justiça à Associação. “Esta prestação de contas é importante e deve ser repetida, mantendo aberto este canal de discussão.”
Principais ações e investimentos
Brigada Militar:
– Ajuda ao Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) até setembro de 2009
– Pagamento mensal de dois estagiários
– R$ 600 por mês para pequenas despesas
– Conserto e manutenção de viaturas
– Aquisição de carretão para cães
– Aquisição de material de informática
Polícia Civil:
– R$ 550 por mês para pequenas despesas
– Pagamento mensal de cinco estagiários
– Compra de cinco computadores novos
– Aquisição de duas impressoras laser
– Aquisição de um condicionador de ar de 7,5 mil BTUs
– Conserto de portão eletrônico e outros investimentos
Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO)
– Pagamento mensal de 4 estagiários
Grupo Ambiental da Brigada Militar (GPA)
– Pagamento de um estagiário até maio de 2009
– R$ 400 por mês para pequenas despesas e combustível
– Pagamento de internet
– Transporte de produtos apreendidos
Posto de Identificação
– Pagamento mensal de três estagiários e dois funcionários
– Talões de recibo
– Consertos da rede elétrica, condicionador de ar e outros
– Reparos nas instalações
Presídio Estadual de Lajeado
– R$ 500 por mês para pagamento de despesas
– Conserto da rede elétrica
– Instalação de nova central telefônica
Fórum
– Pagamento de um estagiário
Alsepro
– Pagamento mensal de um funcionário
– Aquisição de um computador
– Investimento no projeto “Adolescente Legal”, com pagamento de professor, estagiário e outros
– Participações em eventos diversos, no Codevat, na Feconsepro, no Conselho da Comunidade, assessoria ao Instituto Chega de Violência
Fonte: Emilio Rotta
